sábado, 28 de maio de 2011

Aldrago, Pterocarpus violaceus Vog.


Germinação Pterocarpus violaceus Vog. em Viveiro Florestal

João Flávio Costa dos Santos¹


1. INTRODUÇÃO


Este trabalho apresentará as observações  referentes a germinação de sementes de Pterocarpus violaceus Vog. em Viveiro Florestal.
Pterocarpus violaceus Vog. , Leguminosae (Papilionoideae)  popularmente conhecida como pau sangue, aldrago, sangreiro, folha larga entre outros, é uma árvore nativa muito utilizada na arborização urbana e paisagismo. Suas raízes não danificam calçadas, os frutos leves não prejudicam pedestres e veículos, por ser uma espécie perenifólia não causa sujeira e transtornos como entupimento de bueiros além de uma exuberante, porém com curto período, floração.
Ás arvores de ocorrência natural Sul da Bahia, Minas Gerais até o Paraná tem altura de 8 a 14 metros, tronco com 30 a 50 cm de diâmetro , folhas compostas por 5, 6 ou 7 folíolos sem indumento. A madeira leve apresenta baixa resistência ao apodrecimento e a cupins (Lorenzi, 1992).
Por ser uma planta adaptada a insolação direta e de fácil multiplicação, é um componente indispensável nos reflorestamentos de áreas degradadas e preservação permanente.

Anualmente é formada uma grande quantidade de sementes viáveis, sendo que a maturação ocorre entre os meses de maio e julho. Os frutos são alados (anemocoria) e cada um possui uma semente. A colheita deve ser feita ao início da queda espontânea diretamente da árvore ou mesmo do chão após a queda. Podem ser armazenadas por período superior a seis meses.
    Árvore com frutos



                                                                                                             Detalhe do caule
¹ Graduando em Engenharia Florestal UFRRJ < joaoflaviops@hotmail.com>


 2.MATERIAIS E MÉTODOS

            O acompanhamento da germinação ocorreu entre os dias 31 de março de 2011
e 4 de maio do mesmo ano, no viveiro florestal Fernando Luiz Oliveira Capellão, Instituto de Florestas da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
             As sementes utilizadas neste trabalho estavam armazenadas na câmara fria à temperatura média de 10º C. Aleatoriamente foram escolhidos 100 frutos e posteriormente semeados. Não foi aplicado tratamentos para quebra de dormência. Utilizou-se uma caixa preparada com 10 cm de areia lavada, e após a semeadura, os frutos foram cobertos também com areia. O teste foi realizado a pleno sol, com irrigação duas vezes ao dia.
            Foram realizadas observações semanais, e os resultados anotados.

 3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

            A partir da segunda observação verificou-se a presença de plântulas (27), e também era  evidente a dormência de sementes. Na terceira semana 58 sementes haviam germinado, e esse número se manteve constante na quarta e quinta observação.
            Quando atingiram 10 cm, as plântulas foram removidas dos recipientes germinativos e repicadas em tubetes 280cm³, com substrato industrial. Nesse ponto apresentavam um bom aspecto com sistema radicular bem desenvolvido (cerca de 10 cm raiz principal e raízes secundárias numerosas).
Lorenzi (1992) considera que a taxa germinativa é geralmente superior a 40% para sementes novas e recomenda locais semi-sombreados para germinação desta espécie. Neste trabalho a taxa de sementes que germinaram a pleno sol foi de 58% , caracterizando a espécie como heliófita (Pillar, 1995).

                                                    Plântula Pterocarpus Violaceus Vog.


4.RFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

LORENZI, H.árvores brasileiras: manual de identificaçã cultivo  de plantas nativas do Brasil. Nova Odessa: Plantarum, 1992. 226p.
                                                                 
 Pillar, V.D. 1995. Clima e vegetação. UFRGS, Departamento de Botânica. Disponível em


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Um comentário:

  1. João Flávio, em primeiro lugar, obrigada pela visita.
    Qto a espatódea, ñ tenho conhecimento de nenhum trabalho científico à respeito. Pelo que pesquisei, ñ há evidencias claras que sua toxidade pode ser fatal aos pássaros, mas tbém, ñ há evidências que provem o contrário. Para as abelhas, os estudos são mais contundentes.
    Vou me informar melhor com um botânico e qquer novidade, publico no BioMomento.
    Obrigada,
    Camila

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